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MÉDICOS E MÉDIUNS

Como o médico espírita pode auxiliar espiritualmente o paciente sem interferir em sua religião


O médico espírita desperta nas pessoas uma esperança de que pode solucionar as mais difíceis patologias da medicina. E talvez tenham razão, quando nós, médicos espíritas, exercitamos com mais consciência e fé a nossa mediunidade intuitiva, ou seja, aprendemos a permanecer conectados, através da expansão de consciência, com o indispensável mundo paralelo onde as equipes espirituais, nossos mestres, nos ensinaram ou nos querem ensinar como desvendar os mistérios ou dificuldades da medicina e de todas as ciências do planeta.

Foi através do exercício ou expansão da consciência, através da sensibilidade dos médiuns de nosso grupo de estudo que tivemos êxito com o caso do menor Rafael, um autista, filho de mãe desquitada, pobre, que sobrevive de lavados dosmésticos; o qual após peregrinar por vários consultórios médicos e instituições psiquiátricas, chegou ao nosso atendimento fraterno, no Centro Espírita Lar de Jesus, já com diagnóstico médico de autismo, mostrando total desligamento da realidade cognitiva, olhar distante, balbuciando ocasionalmente alguns ruídos, entendidos com grande dificuldade por sua mãe.


A medicina do futuro, a medicina do Cristo, já está sendo aplicada pelos médicos que acreditam na espiritualidade


Rafael chegou ao nosso atendimento com dez anos de idade e a mãe, Maria de Jesus, desesperançada quanto à saúde mental de seu filho. Nós a encorajamos a ter fé, acreditando no amparo divino através das equipes espirituais que assistem todo o planeta, dirigido pelo nosso Mestre Jesus. Encaminhamos o garoto para tratamento de desobsessão, já que, além de autista, a percepção de vibrações de baixa frequência era evidente.

Na cabine de passe, aplicamos durante seis meses, uma vez por semana, deitado em uma maca, o que chamamos de realinhamento de chacras ou técnica das polaridades, usadas em nossa clínica particular Núcleo de Terapia Transpessoal.

Vou citar um caso que ocorreu na clínica, para explicar porque usamos a técnica de realinhamento dos chacras em Rafael.

Certa vez, uma paciente entrou em nosso consultório com forte crise de cefaléia crônica. Ela usava há quatro anos potentes analgésicos e antidepressivos, medicados pela clínica psiquiátrica, mostrando no seu rosto profundo e doloroso sofrimento. Foi levado por mim a deitar-se no divã, onde fiz a pergunta: como a dor de cabeça naquele momento era representada? A paciente logo entrou em regressão, vivenciando uma cena de tontura em que sua cabeça era comprimida por uma prensa por esmagamento do crânio, causa de sua dor de cabeça. No término da sessão, a dor de cabeça tinha desaparecido, mostrando ela agora a face descontraída e feliz. Quando pedi para a paciente levantar-se e ir ao encontro de seu esposo, que a aguardava na sala de espera, a paciente de pé, próxima ao divã, parou e me disse: "Doutor, não consigo sair deste lugar". Eu insisti, mas ela repetiu que não conseguia andar, eu então pensei: "E agora! O marido esperando lá fora..." Foi então que mais uma vez, fora as outras centenas de vezes, o telefone espiritual através de nossa mediunidade intuitiva, alertou-me que aquela paciente acabara de incorporar, conectar-se com uma entidade, sendo também uma médium consciente. Aliviei os músculos, a tensão, e mais facilmente veio o intercâmbio, me trazendo uma nova solução para aquela senhora que não era espírita e parecia assustada.

O recém-chegado colega Cícero Vasques, da sala ao lado, que trabalha com massoterapia, Reiki, Realinhamento de Chacras, e sabendo eu que entidades errantes se conectam através do chacra esplênico, fez-me lembrar que um realinhamento desconectaria a entidade do médium. Foi então que pela primeira vez e com a ajuda do prof. Cícero Vasques, que, solicitado por mim, aplicou o realinhamento, obtivemos êxito imediato, após o último movimento da técnica. Voltou a paciente de súbito à sua consciência de vigília, resolvendo assim esse novo desafio. Em seguida, agradecemos a assistência espiritual.

Passamos então, a partir desse dia, a aplicar nos pacientes ditos pré-psicóticos ou incorporados a técnica do realinhamento de chacras, para desconectar o agente teta que, através da elevação da freqüência vibratória do paciente, por um melhor fluir da energia vital, facilitando a abertura de seus chacras, mantêm a entidade desconectada pelo menos por 48 horas, enquanto se faz uma outra abordagem terapêutica.

Voltando ao caso de Rafael, foi essa a técnica que aplicamos com a intenção de ajudá-lo a retomar ao seu corpo físico, já que o autista mantém-se dissecado de seu corpo por escassez de ectoplasma, informação essa passada a nós em reunião mediúnica por equipe científica do plano espiritual, que nos orientou desde o início do tratamento a manter o realinhamento de chacras em Rafael, mas com a participação principalmente de médiuns de efeito físico ou de sustentação de nossa equipe de desobsessão, com a finalidade de doar o ectoptasma necessário ao acoplamento total de Rafael ao seu corpo físico, o qual, a cada uma das sessões seguintes, mostrava-se centrado mais no presente, passando então a falar e procurar pelas pessoas do atendimento fraterno.

Já faz um ano que Rafael entrou para uma escola especial. Já sabe ler, o que aprendeu sozinho. Também escreve com boa letra e já se compreende o que ele fala. Seus desenhos expressam com clareza o seu pensamento, mostrando grande inteligência, principalmente através de seus desenhos arquitetônicos de fachadas de edifícios.


As minhas próprias experiências de vida intra-uterina reforçaram minha convicção de que aqueles recém-nascidos podiam me entender e se comunicar comigo


Na impossibilidade de ir à escola por dificuldade de transporte, Rafael se aborrece e se agita desesperadamente. Ele gosta de ir à escola porque é lá que tem aprendido a desenvolver boa comunicação e relacionamento interpessoal.

Já estamos com um segundo caso de autismo, há um mês e meio e com seis sessões de desobsessão e realinhamento, observamos excelente resultado no garoto. Sua mãe, senhora esclarecida e de nível superior, também já nos falou da visível melhora com esse tratamento, após ir a várias capitais e instituições do país, sem resultado evidente. O seu depoimento é que o filho G..., nunca, em lugar algum, teve um avanço expressivo, como com essa abordagem terapêutica, feita por um grupo de sensitivos encarnados e desencarnados. A sua maior alegria, nesses últimos dias, foi o fato de seu filho ter falado pela primeira vez formando frases, o que não acontecia antes, pois era monossilábico, o que dificulta a sua comunicação, levando-o a chorar com freqüência quando queria ser entendido e não conseguia.

Portanto, fica aqui o nosso estímulo para que continuemos exercitando a conexão com nossos irmãos sábios e bondosos que nos assistem e torcem pelo nosso sucesso.


VIDA INTRA-UTERINA
Por ser pscicoterapeuta há seis anos, médico pediatra há 20 anos e trabalhar no berçário da Maternidade Dona Evangelina Rosa, passei, durante os meus plantões semanais, a ter comunicação com os recém-nascidos, tentando obter deles respostas convincentes de que estavam me ouvindo e me entendendo. Isso por que, nas regressões de memória feitas em adultos, os mesmos relatavam minúcias de sua vida intra-uterina, citando pensamentos, sentimentos e emoções de sua mãe e mesmo das pessoas ao seu redor.

Tive uma cliente que, vivenciando sua vida intra-uterina, descobriu que sua mãe não era biológica, mas sim adotiva. A sua mãe biológica era prostituta, e até a estampa da roupa da sua parteira ela relatou. Quando chegou em casa, confirmou a veracidade de sua experiência, causando assim fortes emoções que foram equilibradas nas sessões seguintes.

As minhas próprias experiências de vida intra-uterina reforçaram minha convicção de que aqueles recém-nascidos podiam me entender e se comunicar comigo. Foi o que fiz e faço há mais de quatros anos. No inicio, tive que conversar com os recém-nascidos e, ao mesmo tempo, filmar, documentar a experiência, pois o pessoal da enfermagem, sabendo que sou espírita, ao solicitar ajuda na filmagem, se negava dizendo: “Doutor, eu não gosto dessas coisas, não”. Tive que fazer tudo só, mas com o passar das experiências, as enfermeiras, presenciando os resultados positivos das comunicações com os recém-nascidos a distancia, passaram a se aproximar, me auxiliando e também conversando com eles.


CONVERSANDO COM OS BEBÊS
A comunicação com os recém-nascidos é feita com minha apresentação a eles, como médico do plantão. Digo a eles que sua permanência no berçário ou incubadora, longe de sua mãe, não é porque ela queira, mas porque eles estão se adaptando ao corpo físico, que está nesse momento debilitado ou imaturo. Faço uma programação positiva pedindo aos bebês que não se deixem agredir por bactérias, vírus ou fungos e que desenvolvam seu sistema imunológico, pois eles não estão sós e podem fazer isso. Digo em seguida: "Se você estiver me ouvindo e entendendo, me dê uma resposta: movimente seu braço direito, esquerdo, abra os olhos, movimente a perna direita, esquerda etc". Insisto uma, duas, três, cinco ou dez vezes, dependendo do estado do recém-nascido ou do meu próprio, mas sempre me dão uma resposta, movimentando o membro solicitado ou fazendo a expressão pedida. A dificuldade nas respostas é comum com os recém-nascidos nas primeiras 24 horas, talvez devido à ocitocina que, após o parto, deprime tanto a mãe quanto o recém-nascido.


RECUPERAÇÃO MAIS RÁPIDA
Com esses resultados, o respeito, os cuidados, a atenção aos recém-nascidos foram dobrados, e mantidos. As agressões verbais aos recém-natos, devidas ao cansaço do corpo clínico da maternidade e por razões conhecidas nossas, foram superadas em atenção aos pequeninos seres, reconhecidos com inteligências desde a fecundação e com certeza, para uns antes disso, extremamente sensíveis ao que se passa e se fala ao seu redor.


Faço uma programação positiva pedindo aos bebês que não se deixem agredir por bactérias, vírus ou fungos e que desenvolvam seu sistema imunológico, pois eles não estão sós e podem fazer isso


O resultado não poderia ser outro senão a recuperação mais rápida e eficiente de sua saúde, mesmo nos casos mais graves do berçário, como as septicemias e membranas hialina. O resultado positivo dobrou, quando passamos a convocar os pais e a ensiná-los a se comunicar e programá-los positivamente.

A nossa sensibilidade ou mediunidade, favorecida pelo nosso estado mental e espiritual, é fundamental para acessarmos o campo mental do recém-nascido e de todos os seres. Os colegas médicos e assistentes que melhor se comunicam com os recém-nascidos são exatamente aqueles mais religiosos, que fazem suas orações, lêem o evangelho e meditam mais.


Por: José de Ribamar Tourinho
Fonte: Revista Cristã de Espiritismo (edição 25)

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